À medida que a população idosa se expande, um número crescente de pacientes afetados por síndromes geriátricas são atendidos por médicos cardiovasculares.
Uma dessas síndromes que tem sido associada a maus resultados é a fragilidade cognitiva: a presença simultânea de comprometimento cognitivo, sem evidência de demência, e fragilidade física, que resulta em diminuição da reserva cognitiva. Impulsionados por bases fisiopatológicas comuns (por exemplo, inflamação e desregulação neuro-hormonal), doenças cardiovasculares, comprometimento cognitivo e fragilidade também compartilham os seguintes fatores de risco: hipertensão, diabetes, obesidade, comportamento sedentário e uso de tabaco.
Logo, para prevenir a fragilidade cognitiva em idosos, os mesmos fatores de risco para doenças cardiovasculares devem ser diagnosticados e tratados. Idosos que não se exercitam, não tratam de suas glicemias elevadas (diabetes), não sabem que são hipertensos e se sabem não tratam corretamente e/ou fumam, apresentam alto risco para doenças cardiovasculares com fragilidade cognitiva.
A doença cardiovascular tem sido associada ao aparecimento e progressão da fragilidade cognitiva, que pode ser reversível em fases iniciais, tornando essencial que os médicos diagnostiquem a doença em tempo útil e prescrevam intervenções apropriadas. São necessárias pesquisas adicionais para elucidar os mecanismos subjacentes ao desenvolvimento da fragilidade cognitiva, estabelecer estratégias preventivas e terapêuticas para atender às necessidades dos pacientes idosos com doenças cardiovasculares em risco de fragilidade cognitiva e, em última análise, facilitar estudos de intervenção direcionados
■ Role of cognitive frailty in older adults with cardiovascular disease
N ljaz, Y Jamil. C H Brown et al
J Am Heart Assoc 2024, vol 13 (4): e0335594